quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

4 princípios básicos W3C Acessibildiade

Acessibilidade

A acessibilidade (accessibility) descreve os problemas de uso do computador e de seus recursos, apontados por usuários com necessidades especiais ou com limitações tecnológicas (Pimenta, 2002). Os desafios incluem cegueira e baixa visão, surdez e baixa audição, dificuldades de aprendizagem, limitações cognitivas, limitações de movimentos, incapacidade de fala, fotosensibilidade e suas combinações.
As diretrizes WCAG, que estão na versão 2.0 desde dezembro de 2008, representam regras para produzir conteúdo (textos, imagens, formulários, sons) para a Web a fim de contribuir para o desenvolvimento de sites acessíveis. São direcionadas aos desenvolvedores Web e desenvolvedores de softwares de avaliação da acessibilidade.
A WCAG 2.0 apresenta quatro princípios que constituem a fundação da acessibilidade da Web: perceptível, operável, compreensível e robusto. A partir desses princípios, 12 recomendações são feitas (W3C, 2008).
Princípio 1: Perceptível - A informação e os componentes da interface do usuário têm de ser apresentados aos usuários em formas que eles possam perceber.
  • Recomendação 1.1 - Alternativas em Texto: Fornecer alternativas em texto para qualquer conteúdo não textual, permitindo, assim, que o mesmo possa ser alterado para outras formas mais adequadas à necessidade do indivíduo, tais como impressão em caracteres ampliados, braille, fala, símbolos ou linguagem mais simples.
  • Recomendação 1.2 - Mídias com base no tempo: Fornecer alternativas para mídias com base no tempo.
  • Recomendação 1.3 - Adaptável: Criar conteúdos que possam ser apresentados de diferentes maneiras (por ex., um layout mais simples) sem perder informação ou estrutura.
  • Recomendação 1.4 - Discernível: Facilitar a audição e a visualização de conteúdos aos usuários, incluindo a separação do primeiro plano e do plano de fundo.
Princípio 2: Operável - Os componentes de interface de usuário e a navegação têm de ser operáveis.
  • Recomendação 2.1 - Acessível por Teclado: Fazer com que toda a funcionalidade fique disponível a partir do teclado.
  • Recomendação 2.2 - Tempo Suficiente: Fornecer tempo suficiente aos usuários para lerem e utilizarem o conteúdo.
  • Recomendação 2.3 - Ataques Epilépticos: Não criar conteúdo de uma forma conhecida que possa causar ataques epilépticos.
  • Recomendação 2.4 - Navegável: Fornecer formas de ajudar os usuários a navegar, localizar conteúdos e determinar o local onde estão.
Princípio 3: Compreensível - A informação e a operação da interface de usuário têm de ser compreensíveis.
  • Recomendação 3.1 - Legível: Tornar o conteúdo de texto legível e compreensível.
  • Recomendação 3.2 - Previsível: Fazer com que as páginas Web surjam e funcionem de forma previsível.
  • Recomendação 3.3 - Assistência de Entrada: Ajudar os usuários a evitar e corrigir erros.
Princípio 4: Robusto - O conteúdo tem de ser robusto o suficiente para poder ser interpretado de forma concisa por diversos agentes do usuário, incluindo tecnologias assistivas.
  • Recomendação 4.1 - Compatível: Maximizar a compatibilidade com atuais e futuros agentes de usuário, incluindo tecnologias assistivas.
Para cada uma das 12 recomendações enumeradas acima, correspondem inúmeros critérios a serem testados. O W3C documenta todos os critérios na WCAG e expõe soluções para respeitá-los em diferentes aplicações (W3C, 2008), entretanto eles continuam inacessíveis pela grande maioria dos desenvolvedores de aplicações Web, pois são desconhecidos. Não bastasse esse problema, aqueles que sabem da existência das recomendações muitas vezes não as seguem, por demandar um esforço maior no desenvolvimento das aplicações, considerando um número de público relativamente pequeno.

Design Rationale

Design Rationale consiste nas decisões, e nas razões que as motivaram, durante o processo de design de um artefato e é definido por MacLean (1989) por não incluir somente a descrição do artefato em potencial, mas também opções alternativas e as razões que levaram à escolha de soluções específicas para produzir o artefato.
O uso do design rationale pode representar uma solução para auxiliar os projetistas a identificar questões que de outra maneira poderiam passar despercebidas (Horner, 2006), colaborando também para identificação de premissas inadequadas e diminuição da tendência dos projetistas em não perceber alternativas possíveis em decisões importantes.
A explicitação do design rationale permite prover um vocabulário comum, produzir artefatos mais completos em menor tempo, com menor esforço e, possibilita a manutenção e evolução, garantindo a qualidade do design.

Fonte: http://www.accessibilityutil.com/concepts?lang=en_US

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